O que o Lollapalooza 2025 nos ensina sobre cenografia de marca
10 DE ABRIL DE 2025
Por Igor – Head de Criação da Modale Cenografia
Visitar o Lollapalooza sempre foi um especial para mim. Pela quinta vez, tive a oportunidade de mergulhar na atmosfera única do festival, mas, a cada edição, meu olhar se aguça ainda mais para os detalhes que vão além dos shows e da energia do público: a cenografia dos estandes e ativações.
O festival é um verdadeiro playground para quem trabalha com criação e arquitetura efêmera. Cada estande traz soluções criativas que dialogam com branding, experiência do usuário e inovação. E desta vez, alguns projetos se destacaram aos meus olhos:
👉 A seguir, compartilho uma análise dos destaques mais interessantes do festival. Se você também acredita que os espaços falam, vai gostar do que vem por aí.
Tic Tac
Foi um xodó! A icônica caixinha da bala virou gigantografia e marcou a paisagem do festival. De dia, era um ponto de referência; à noite, se transformava em uma instalação futurista com balas em neon, reforçando o branding de forma jovem e conectada.
Meta
Trouxe um elemento impactante: uma gigantesca esfera de LED, transmitindo o futurismo da MetaAI. Além do ícone visual, o estande demonstrou a importância do aproveitamento máximo dos espaços para otimizar a operação.
Bet Nacional
Apostou na ilusão de ótica para criar uma sensação de estrutura arqueada sem realmente curvar as paredes. Apenas com arcos de neon flex e quinas perpendiculares de madeira, o estande mostrou como um conceito bem pensado pode mudar sensações e encantar.
Budweiser
Explorou a interface entre estruturas modulares e construídas, deixando andaimes e box truss à mostra e utilizando iluminação de palco para um efeito poderoso. Um insight valioso sobre como esses elementos podem se complementar.
Méqui e Coca-Cola
Dominaram o skyline do Lolla. O Méqui resgatou a nostalgia com uma praça e esculturas que remetiam aos playgrounds antigos dos restaurantes, brilhando ainda mais à noite com neon flex. Já a Coca apostou em tecnologia com painéis de LED, fitas endereçáveis e moving lights, criando um espetáculo visual dinâmico.
Fiat
Despertou o arquiteto dentro de mim ao trazer referências modernistas. Com pilotis que contrastavam com um mezanino fechado, o estande lembrava a Villa Savoye, mas com uma assinatura única. Durante a noite, os ícones em neon se tornavam os protagonistas.
Casal Garcia e Red Bull
Conquistaram corações com marcos azuis na paisagem do Lolla. O primeiro usou uma testeira retroiluminada em policarbonato azul, enquanto o segundo se destacou pelo posicionamento estratégico e design otimizado.
Além dos estandes, um show em particular chamou minha atenção pelo cuidado com a cenografia: o de Jão. Em seu último show da turnê, ele trouxe um palco inédito e imponente, com um grande painel de LED e uma estrutura circular com parleds que complementavam a iluminação geral. Um exemplo brilhante de como artistas nacionais estão investindo cada vez mais na experiência visual de seus espetáculos.
A cenografia, seja em um festival ou em ativações de marca, tem um papel crucial na construção da experiência. Ela não apenas emoldura momentos, mas amplifica mensagens e sentimentos, transformando espaços em memórias inesquecíveis.